Pedestres, motoristas e faixas de segurança…

Quando voltei para os Estados Unidos todos os meus amigos brasileiros perguntaram: “e aí, foi muito estranho estar no nosso país depois de tanto tempo?”. Confesso que no começo foi um pouco estranho sim, pois esteticamente tudo é diferente: a arquitetura, o tamanho das coisas (aqui é tudo grande), a vegetação, a “cara” da população. Mas no segundo dia eu já tinha me readaptado!

A única coisa com a qual eu fiquei chocada do primeiro ao último momento foram os pedestres. Eu sei que o trânsito em Porto Alegre é agressivo e (sem generalizar) alguns motoristas são mal-educados. Mas o que eu achei mais bizarro foi que os pedestres também estão na onda “cada um por si”. O problema é que eles são o lado mais frágil desta história.

O que mais me impressionou foram as grandes avenidas, como a Protásio Alves – no Bairro Petrópolis, onde os meus pais moram. Apesar dela ter sinaleiras com faixas de segurança em quase todas as quadras, os pedestres corajosos não caminham 30 metros para atravessar num lugar seguro. Eu vi várias pessoas atravessando no meio do corredor de ônibus, idosos passando com o sinal de pedestres fechado, pais com filhos no colo espremidos no canteiro central e jovens pulando as muretas de segurança das avenidas. Cadê o instinto de sobrevivência, meu povo?

Eu sei que Porto Alegre tem um super problema em relação à segurança no trânsito, pois a maioria dos motoristas não respeitam os pedestres (inclusive tivemos uma campanha forte da prefeitura no ano de 2009, para quem não lembra este é o comercial: Campanha Novo Sinal de Trânsito de Porto Alegre). De qualquer forma, o que mais me impressionou foi que, mesmo nas poucas situações onde os pedestres poderiam estar seguros (por exemplo, onde tem sinaleira), eles arriscam suas vidas.

Aqui em Seattle a situação é o oposto. Há aqueles que acham o povo daqui um pouco “bitolado” em relação a isto: todo mundo atravessa na faixa e só com o sinal aberto para pedestre. Independente de estar vindo algum carro ou não, ou da rua ser movimentada ou não. A Melissa de Andrade, jornalista brasileira que também mora aqui, escreveu uma crônica ótima sobre este assunto: Atrvessar na Faixa: charme ou obsessão?. Vale a pena a leitura!!!! Eu acho que estou com o “efeito Seattle” sobre o qual ela fala…

Ahhhh… eu não podia deixar de citar outro fator importante: acho que em Porto Alegre as faixas de segurança são mal sinalizadas. Se um motorista está fazendo um caminho desconhecido, dificilmente vai ver a faixa em tempo de parar. Eu sentia isso na pele quando dirigia: só conseguia parar na faixa quando conhecia o trajeto … e mesmo assim recebia buzinaço de quem estava atrás (não que eu me importe com o buzinaço, mas na verdade eu estava correndo o risco de provocar um acidente). Quando uma faixa de “segurança” não tem boa sinalização, ela deixa de ser  segura e não traz confiança para o pedestre (que fica naquele “vai-não-vai”, pois  nunca sabe quando alguém realmente vai parar para ele) nem para o motorista.

Na cidade de Kirkland, na região metropolitana de Seattle,
as faixas são muito bem sinalizadas. Além disso possuem
estas bandeirinhas para os pedestres usarem ao atravessar.
Assim ninguém corre o risco de não ser visto :).
Nesta foto o Gordo e os meus pais estão atravessando na faixa.

Passeio no Morro do Borússia

Conforme prometi no post anterior (Livre e Leve em Remanso) vou contar para vocês sobre o nosso passeio ao Morro do Borússia. Muitos gaúchos já devem ter ouvido falar nele, mas a vista é tão linda que eu não poderia deixar passar em branco.

O Morro do Burússia fica na cidade de Osório e tem uma vista linda do litoral gaúcho. Lá em cima tem um mirante de onde dá para ver o mar, a lagoa, as praias de Tramandaí, Capão da Canoa, o Parque Eólico, a cidade de Osório e uma natureza encantadora. Além da vista incrível o topo do morro tem uma pista de vôo livre e o restaurante A Lenha (onde eu não fui, mas ouvi dizer que é bem legal).

Para quem está no litoral é bem fácil chegar lá: No km 98 da BR 101, no lado esquerdo do sentido Capital-Litoral, uma placa indica os 4 km de asfalto que levam até a rampa de vôo livre.

A prefeitura de Osório está construindo um mirante com altura equivalente a um prédio de 4 andares que permitirá a vizualizaçao de todos os ângulos… pesquisei mas infelizmente eu não encontrei informações sobre previsão de finalização da obra.

Olhem Tramandaí lá ao fundo!! Tem até um navio ;)

Parque Eólico de Osório

Euzinha e o Parque Eólico ao fundo

A cidade de Osório, as lagoas, e ao fundo as praias
e o Oceano Atlântico

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Livre e Leve em Remanso

Neste feriado de Páscoa fomos para Remanso com os meus pais. Remanso é uma praia muito especial no litoral do Rio Grande do Sul. Há 20 anos nós veraneamos lá…. não preciso nem dizer quantas histórias temos para contar, né? Além disso, foi em Remanso que conheci amigos especiais, como a Dani e o Lú!

Se considerarmos o famoso mar azul do litoral brasileiro, o RS está em desvantagem. Mas isso não impede que a gauchada adore as praias daqui e que elas estejam sempre lotadas no verão. Eu adoro este clima!!! Eu amo Remanso!!!

O papai do céu foi beeeeem generoso conosco nesta Páscoa. Tivemos sol todos os dias, temperatura bem boa e o mar limpinho e quentinho (motivo de comemoração pois isto não é tãããão comum por aqui).

Eba \o/

Concordo!!

O maridão entrou no mar… no outono :)

Lindo!

A “nossa” guarita 95

Na volta passamos no Morro do Borússia para fazer fotos… mas sobre este passeio eu contarei no próximo post.

Que saudade da Redenção….

Ufa, consegui parar 10 minutos para escrever um post :).
Estou super feliz em Porto Alegre!! Já consegui rever bastante amigos e aproveitar um pouquinho a cidade. Ontem fui no Parque da Redenção (também conhecido como Parque Farroupilha). Para quem não é da minha terrinha, este é o parque mais tradicional de Porto Alegre. Tem lago com pedalinhos, trilhas para corrida, parque de diversões, bastante espaço para a gauchada tomar chimarrão, brique aos domingos (uma feira de rua beeeeem legal, onde são vendidos itens de artesanato, antiguidades, etc), feira de produtos orgânicos aos sábados e até um cachorrodromo! Os moradores de Seattle apaixonados por cachorros iam adorar ;).

Eu, o Gordo e o Olir fomos levar o Banzé, novo integrante da família Mesquita/Moro, para socializar com outros cachorros. Foi só diversão e eu aproveitei para fazer umas fotos.

o pipoqueiro

os pedalinhos

o cachorrodromo

Banzé Mesquita Moro :p

Halloween das Brasileiras

Nesta sexta-feira fizemos um Halloween do grupo de Brasileiras em Seattle.
Estava super legal… todo mundo fantasiado!
Tinha muita comida, bebida, dança (samba, funk, e até “É o Tchan”), risadas e diversão.

Eu e o Gordo fomos de Hippies… fantasia simples e baratinha… ehehehe.
Adorei minha primeira festa de Halloween ;)

Aqui vai umas fotinhos…

O casal hippie!

A mesa de petiscos… eu fiz negrinho
(brigadeiro para quem não é gaúcho)
e pães de queijo ;)

Meire de gatinha, Luciana de Chiquinha e a
Paulinha de Minnie Mouse…

Erika de Parisian, com a Meire e a Luciana

Os gaúchos Esquimós… Fávia e Gustavo

Ryan e Paulinha

Chiquinha e os Esquimós… eheheh

A Andrea estava de jogadora do Flamengo… eheheh

“Paz e Amor”

Tinha até uma dinossaurinha linda!!!

Adorei!!! Mitsuo de “Hangover” 

Mais um encontro com as Brasileiras…

Dia 15 de outubro completarei 6 meses aqui em Seattle…
Já passei por bastante momentos legais e o saldo está sendo bem positivo …
Uma das coisas mais bacanas é o grupo de Brasileiras em Seattle sobre o qual já contei um pouquinho aqui no Blog.

Nesta quarta-feira fizemos mais um encontro na Kitanda, Café e Bakery de produtos brasileiros.
Estava muito divertido e tenho certeza que ficará cada vez melhor ;)
Nós assistimos ao jogo do Brasil x Argentina, comemos pão de queijo (delícia!), fofocamos e demos boas risadas! A idéia é nos encontrarmos todas as semanas.

Sem dúvida este grupo será cada vez mais importante para mim: ele vai “aquecer” meu inverno e vou tirar de letra os dias frios e curtos que me esperam.
Volto a dizer para quem está morando fora: é muito bom unir-se com as pessoas de mesma nacionalidade… a afinidade é incrível, as piadas são engraçadas, as experiências parecidas…. e tudo isso conforta.

Vou continuar contando tudo sobre esta mulherada aqui no Livre e Leve, espero ter muitas e muitas histórias engraçadas para dividir com vocês….

Jogo do Brasil na Kitanda! E tinha bastante gente assistindo…

Gooooooooooooooooool

"Mulher de verdade, sim senhor … Mulher brasileira é feita de amor" (Benito Di Paula)

Agora que estou morando fora do Brasil tenho certeza: as redes sociais aproximam as pessoas (ao contrário do que muitos pensam). Eu consigo falar com a família e as amigas sempre. Além disso, aqueles que ficam mais distantes podem acompanhar as minhas novidades pelo blog….

Mas o benefício vai além de me deixar “perto” de quem está no Brasil. Através do Facebook conheci um grupo de brasileiras em Seattle. É muito legal! Nós trocamos mensagens divertidas todos os dias… experiências engraçadas, angústias, expectativas, informações importantes, dicas… enfim, posso dizer que é M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O. Saber que existem conterrâneos pertinho me traz conforto e segurança.

Como eu estava focada nos estudos para a prova do TOEFL, ainda não tinha conhecido as meninas ao vivo. Na última quarta-feira fizemos um “girls only” no Kitanda, café e restaurante que vende produtos brasileiros (onde eu compro erva mate!). Eu adorei … a afinidade que temos entre brasileiras é incrível, e pelo o que percebi todas sentem o mesmo que eu.

Aconselho todas as brasileiras que estiverem pela região (ou que estejam se mudando para cá) a participarem do grupo. É uma terapia … diversão garantida ;)

Da esquerda para a direita: Paula, Priscila, Solange, Maíra,
Melissa, Eu, Ana Loira e Ana Morena.

Este é o link: http://www.facebook.com/groups/122620317830412/
Se você for brasileira e morar em Seattle (e arredores), passa lá!

Um bairrista em Seattle…

Sempre achei que conhecia meu pai muito bem … mas bastou encontrá-lo 4 meses depois em outro país para ver que não era bem assim!

Não é que o Clóvis é beeeeeem mais bairrista do que eu imaginava!?

Nestes 3 dias que está em Seattle, ele comparou tudo com a nossa terra natal, e obviamente acha o Rio Grande do Sul muito melhor:

Mila: Olhem que paisagem linda!
Clóvis: É mesmo… me lembrou o Juá, lá onde eu nasci na Serra Gaúcha….
Mila: Pai, olha que linda esta ponte!
Clóvis: Ah, mas a dos nossos vizinhos de Floripa é bem mais bonita!!!
Mila: Pai, olha que linda a Space Needle…
Clóvis: Mas ela gira?! Porque a que de Veranópolis gira! 

O melhor: acordei de manhã e fui para a cama de deles, como fazia em Porto Alegre…. o que ele estava fazendo? Assistindo o Bom dia Rio Grande pela internet…. ehehehehe.

Olhem os livros que ele trouxe para ler no avião…
e não é brincadeira não!
No domingo não saímos para almoçar antes de acabar o jogo do Inter!!
E o boné para mostrar o “Orgulho do Brasil”

Tempero do Brasil

Ontem fomos ao restaurante Tempero do Brasil…
Fica em Seattle e é bem gostoso ;)

O lugar é pequeno e simples … os donos são Brasileiros e o tratamento é VIP!! Fomos muito bem recebidos pelo Antônio .. um baiano muito simpático que está aqui há 17 anos.

O cardápio é focado em comida baiana (Moqueca de Peixe, Bobó de Camarão, Caldo de Sururu etc…) mas tem também  outros pratos brasileiros (aipim frito, bife a milanesa com arroz e feijão, feijoada, bife acebolado, coxinha de frango…).

Estávamos eu, o Gordo, a Marcela, o Fran e o Marquinhos… cada um pediu uma coisa!
Eu optei pela moqueca de peixe e tomei um suco de maracujá… o Gordo comeu bife a milanesa com arroz e feijão e tomou guaraná….

As sobremesas eram: quindim, pudim, musse de maracujá e romeu & julieta.
Ah, tinha também suco de manga, gioaba e até de cajú …

Tudo isso ao som de música brasileira ;)
Deu pra matar um pouco a saudades…

Eu e a Marcela no Pelourinho… ehrehehe

A carinha de feliz do Gordo olhando o cardápio…

Este Guaraná é feito em New Jersey…. ahaha

Bolinho de bacalhau…

Minha moqueca… a luz era verde por isso ficou
estranha… mas estava ótima!

Quindim….

Chove chuva… chove sem parar…

Seattle tem fama de ser uma cidade chuvosa… as pessoas pensam que aqui está sempre chovendo (os filmes, livros e seriados reforçam isto). Na verdade, realmente chove uns 4 dias na semana…. mas o volume é pequeno (chove um pouquinho, depois abre sol).

No geral, sempre tem uma “chuvinha molha bobo” que logo passa (acho que no inverno o volume aumenta, aiiii… não quero nem ver). As pessoas que moram aqui não usam guarda-chuva, pois dizem que este acessório é para turista, já que a chuva passa logo (e realmente tratam como se não estivesse chovendo, nem apressam o passo)!!!

Enfim, conversando com pessoas do mundo todo eu entendi um pouco mais do “porquê” da fama.
Cada um tem seus parâmetros, não é mesmo? Para os Brasileiros em geral Gramado é frio e para os Canadenses provavelmente Gramado é calor!!!

Bem, quem fala que aqui é umido não conhece o nosso inverno!! Seattle é uma cidade famosa, por isso todo mundo “sabe” que aqui sempre chove! Quando eu digo “mas na minha terra também chove bastante” ninguém acredita que seja parecido…

Por isso, fui procurar na internet para comparar (dados da Wikipedia):
Seattle: precipitação anual (inches) = 38.09 (967.5mm)/ 150 dias no ano
Porto Alegre: precipitação anual (inches) = 48.8 (1.240mm) / 127 dias no ano
Ou seja, Seattle chove menos em volume, mas em média 2 dias a mais por mês.

A temperatura eu prefiro a de Porto Alegre: não tem chance de nevar no inverno :).

Uma homenagem às duas cidades lindas que moram no meu coração…. (olhem como elas tem várias coisas em comum – todas as fotos são da Wikipedia):

Fim de tarde lindo em Porto Alegre

Fim de tarde lindo em Seattle

Centro de Porto Alegre – vista do Guaíba

Centro de Seattle – vista do Lake Washington

Centro de Seattle

Centro de Porto Alegre

* A título de curiosidade:
New York chove mais do que em Seattle, mas menos dias no ano (42 inches/118 dias) e São Paulo é a que mais chove em volume das 4 que estamos comparando (57 inches/134 dias).